Removendo o Ruído

É muito ruído pra pouca informação
Chega uma hora que não dá mais. O vício de consumir informação acaba nos levando a consumir um ruído imenso que, além de não nos acrescentar nada, oculta e nos atrapalha de enxergar a verdadeira informação que queríamos consumir.
Foi assim com a minha conta do Twitter e é assim com a minha conta do Facebook. Resolvi hoje fazer uma faxina geral aqui e remover muitos “amigos” que nunca vi e que não acrescentam em nada na minha vida. Deixei de seguir um rebanho de ovelhas no Twitter. Sim, um rebanho de ovelhas que o máximo que fazem é reproduzir o ruído criado por outras pessoas achando aquilo o supra-sumo do humor.
Humor rasteiro, de setinha, de fácil entendimento e sem nenhuma inteligência por trás que não faz mais que entreter sem divertir.
Sim, talvez eu esteja ficando um velho chato, mas prefiro ser um velho chato e ranzinza do que me tornar um ávido consumidor daquilo que não me serve e não me acrescenta em nada.
É incrível como nos dias de hoje a massa burra consome qualquer coisa como se fosse a coisa mais engraçada do mundo, engolem qualquer notícia como sendo verdadeira sem ao menos checar no pai dos burros digitais se a coisa é realmente pra valer.
O pior mesmo de todo o ruído que acabamos por consumir sabe-se lá por qual motivo, é que ele invariavelmente esconde o verdadeiro conteúdo que poderíamos estar enxergando caso ele, o ruído, não estivesse ali tão presente, ferindo nossos olhos e tapando nossos ouvidos. Quantos tweets interessantes já deixei passar porque um bando de ovelha estava balindo uma sandice qualquer? Quantas pessoas escrevem coisas no mural do Facebook que deixamos passar no meio de tantas imagens imbecis e sem qualquer ligação com a realidade que está ali pelo simples motivo de um idiota qualquer ter achado aquilo engraçado e resolveu que deveria compartilhar para que todos pudessem ver o quanto ele é ignorante?
O fato é que tá phoda.
Comecei hoje uma sessão de unfollow no twitter e no Facebook, desfazendo uma enxurrada de amizades inimigas, sim, inimigas do bom senso, e pretendo continuar essa limpeza de ruído por um bom tempo, até que a minha timeline esteja novamente legível e inteligível.
Se você tem algo a acrescentar, fique à vontade para me adicionar às redes sociais (tá ali ao lado, viu?) mas não espere que eu te siga ou que vá concordar com tudo que você fala ou faz, estou aqui pra ser o que sou e dane-se quem não gostar. Se eu achar interessante o conteúdo que você escreve, terei o maior prazer em seguir de volta mas se por um acaso ficar ofendido por eu não te seguir, o unfollow é a serventia da casa.
Quanto às ovelhas? Fodam-se todas elas.
PS: Não costumo explicar muita coisa, mas se você quer saber porque as chamo de “ovelhas” (e isso não tem nada haver com o cantor Ovelha) leia o livro A Revolução dos Bichos. Relaxa, não vai doer, a leitura é interessante e o livro é bem pequeno. Só não garanto muitas figuras.