O diálogo é a base do relacionamento

Como o título sugere, neste primeiro artigo sobre relacionamentos quero falar sobre diálogo. Inicio aqui afirmando categoricamente que o grande problema dos relacionamentos atuais é a falta de diálogo. As pessoas vivem praticamente como dois estranhos e escondendo o que pensam de verdade um sobre o outro ou até mesmo coisas bobas como a cor preferida, comida preferida, passeio preferido e tudo mais que se possa imaginar.
Uma das grandes fontes da falta de diálogo são as experiências do passado onde a exposição de alguma ideia ou preferência talvez tenha dado início a uma batalha de palavras e ideias onde, no fim das contas, um lado saiu magoado. Pois bem… se isso aconteceu com você, há grandes chances de ter acontecido em um relacionamento onde as pessoas não eram maduras o suficiente para debater sobre ideias e preferências de cada um. É normal. Ninguém nasce pronto para a vida. É necessário, porém, observar que cada um de nós somos seres individuais e que, parte da nossa individualidade são os gostos, preferências e vontades.
Seja você homem ou mulher, tenha a plena consciência de que seu parceiro(a) tem suas próprias vontades, gostos e preferências. Respeitar esse pequeno conjunto particular de individualidade faz parte do processo de amadurecimento do casal. Aceitar ou não já depende de um acordo único e exclusivo do casal, mas para chegar a este acordo, o casal precisa dialogar e, acima de tudo, os dois precisarão ceder um pouco para encontrar o melhor meio termo que satisfaça aos dois.
Vamos à um exemplo prático: Indivíduo “A” do relacionamento adora ir ao cinema assistir filmes de super heróis. Indivíduo “B” já não gosta de filmes de super heróis, mas prefere comédias românticas. Ora, vemos aqui um caso prático de individualidade que pode gerar uma pequena discórdia na hora de irem ao cinema. Dialogando vocês encontrarão um denominador comum e poderão negociar livremente uma solução como “Ok, eu vou ao cinema com você assistir o filme de super herói, prestarei atenção ao filme para comentá-lo com você depois, mas gostaria que fizesse o mesmo comigo, assistindo um filme de comédia romântica prestando atenção e comentando comigo depois”. Viu como pode ser fácil?
Uma situação um pouco mais complicada é quando se trata da parte sexual do relacionamento. Para os homens, por algum motivo, é difícil aceitar que a parceira tenha algumas preferências na hora do sexo e até mesmo fantasias. Em algum momento da nossa história ficou institucionalizado algo como “mulher pra casar tem que gostar somente de papai e mamãe e não pode, sequer, pensar em algo mais… ousado”. Meu caro, estamos em 2019, deixe o seu pensamento medieval lá no passado, experimente dialogar com a sua parceira e pergunte a ela sobre o que ela realmente gosta, sobre o que ela tem vontade de fazer e, veja só, aproveite e faça com ela! Muitas das vezes você não precisa ir para a rua procurar uma garota de programa ou alguma companhia extra conjugal para fazer certas coisas sendo que a sua esposa está ali, louca para fazer com você!
O diálogo em um relacionamento deve existir e ser sempre aberto. Cabe aos dois a tarefa de entender o que o outro expõe e, caso seja de vontade dos dois, colocar em prática. Lembre-se porém que ninguém é obrigado a nada para manter um relacionamento. A coisa só é boa quando funciona para os dois, mesmo que um dos lados ceda um pouco para se encaixar na preferência do outro, mas nunca, em hipótese alguma, se anule em nome das vontades do outro parceiro. Esse é um jogo que deve ser jogado a dois e com regras bem claras para que não haja qualquer espaço para mal entendidos no futuro.
E você, concorda comigo? Tem algo a acrescentar? Adoraria saber a sua opinião… comente aqui embaixo e vamos dialogar sobre o assunto 😉