Sobre as amizades nas redes sociais

Aposto que com você também acontece isso
É interessante notar como as pessoas mudam de face nas redes sociais. Geralmente na “vida real” as pessoas são introspectivas, caladonas e até mesmo mal educadas, daquelas que passam por você na rua ou até mesmo nos corredores da sua escola ou serviço e simplesmente fingem não te ver ou sequer param pra te falar um “bom dia”, “boa tarde” ou “boa noite” mas atrás da tela do computador agem como se fossem amigos de longa data. Mandam solicitação de amizade e entopem a sua caixa de entrada com um bando de porcarias ou os infames arquivos do PowerPoint contendo lições de moral que sequer aplicam em suas próprias vidas.
Temo que o que falta a muitos é simplesmente uma dose de noção, produto que realmente anda em falta no mercado.
Falar mal do Orkut é mais ou menos como chutar cachorro morto mas creio que foi lá que surgiu essa falta de noção generalizada que vejo hoje em outras redes sociais. Não é raro encontrar no Orkut pessoas com o “perfil lotado”. Oras, pra lotar a capacidade de um perfil é necessário, se não me engano, de pelo menos 1.000 amigos, agora diga-me: você realmente conhece mil pessoas ou conhece alguém com essa quantidade de amigos? Difícil, não é?
Por mais popular que alguém seja, manter amizade com mil pessoas é uma tarefa bastante difícil pois amigos necessitam de atenção, amigos precisam do seu tempo para ouvi-los, precisam da sua opinião mesmo que não a siga.
É por essas e outras que decidi que, a partir de agora, só adicionarei ao Facebook ou a qualquer outra rede social as pessoas que realmente conheço ou que tenho algum tipo de contato mais constante, mesmo que virtual, afinal, conheci muita gente legal no Twitter e nas listas de discussão que assino.
Quer me seguir no Twitter, tudo bem. Só não espere que eu vá te seguir de volta por retribuição, sigo de volta apenas quem tem algum conteúdo que seja do meu interesse.